1 de mar. de 2011

pessoas, coisas e fatos

Sentada na areia da praia, perdi meu olhar no infinito do mar, o ar tocava suavemente a minha face, as imensas ondas que via se formando, acabavam como calmaria em meus pés.
De repente, um filme da minha vida começou a passar em meu pensamento, uma lágrima escorreu na face e um tal sentimento chamado saudade apertou bem forte meu peito.

Dei pausa na casa da Senador Lemos em Belém, onde eu nasci e vivi boa parte da minha infância. Aquele corredor imenso de madeira me roubou um sorriso bobo. Lembrei da cachorrada que tinha ali, eram 2 pastores alemães que viviam no quintal daquele casarão. Em dezembro, minha tia Lúcia estava na sala montando a árvore de Natal e eu ajudando com todo o interesse do mundo de saber os presentes que tinham ali para mim, a Nildes (secretária do lar) estava encerando o corredor. Minha vó deu um grito, "os 'meninos' se soltaram, pega, pega!" Os meninos que ela se referia eram os cachorros que conseguiram entrar na casa e fazer a maior zueira. O chão que estava quase toda encerado e não estava seco, ficou com marcas da patas, minha tia não sabia se protegia a árvore ou tentava seguras aqueles bichos enormes e eu, com minha santa insanidade infantil, tentava pular em cima deles, achando que poderia brincar de cavalinho.

Na 4ª série no colégio da vó Benvida, assim era chamada a querida diretora, tive que me separar das minhas eternas amigas, (juramos que seria amizade eterna) para acompanhar minha mãe em sua decisão de mudar para Salvador. Fizemos umas 12 despedidas e a cada despedida, chorávamos, fazíamos promessas de ser eterno, imaginávamos as férias em Salvador ou em Belém e por ai vai... Sabíamos tudo uma das outras, existia cumplicidade em tudo, fizemos uma prova de matemática e arquitetamos um plano mirabolante de cola (pesca) e assim, todas tiramos o único 10 de nossas vida nessa matéria. Hoje se me perguntarem sobre essas amigas, alguma rede social me informa que estão bem, aparentemente felizes e cada uma vivendo em seu mundo.

No 1º ano me perdi totalmente, conheci o lado de curtição da vida, balada, paqueras, 'drogas e rock in roll' (quase isso) fiquei tão perdida que perdi de ano. As pessoas quando queriam me encontrar no colégio, ao invez de ir na sala de aula, iam na quadra de vôlei ou quem sabe na quadre de futebol, ou talvez no corredor do 3º ano, foi um oba oba, eu me divertir demais e quer saber???! Faria tudo novamente, exatamente como foi feito! Valeu a pena repetir a matéria da Professora Rose que me apelidou de turista no ano anterior e no ano seguinte 2 vezes
me deu a nota 10 pelo trabalho que eu fiz.

São tantas histórias, tantas coisas engraçadas, tantos sentimentos alegres e tristes... Tantas pessoas que passaram por minha vida e deixaram suas marcas, tantas outras que foram insignificantes, e tantas outras que ainda não consegui tirar de minha vida.

Esse é o barato da vida, você saber lhe dar com essas situações, não guardar mágoas e nem rancor de ninguém, guardar somente as coisas boas que foi vivido, tirar do passado somente as lembranças boas que te façam feliz!

E é assim que estou vivendo, guardando todas as boas histórias que vivi, com pessoas importante ou não tão importante, desejando que muitas histórias eu possa viver ainda e muitas pessoas possam entrar na minha vida deixando suas marcas.

=)

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