18 de abr. de 2013

Como eu queria

Um papel em branco, lápis e borracha. Era o que eu precisava para começar a escrever uma estória, diferente de todas já vividas. Nessa nova escrita, só tinha espaço para personagem, sentimento e emoção profundamente expressiva 

O papel deixou de ser branco, rabiscos e apagões estavam se desenhando. Mas algo parecia errado, entrelinhas, a estória, que era para ser diferente das já vividas, se repetia. Apaguei as linhas escritas. Comecei a escrever uma nova ou velha teimosia. Tornei a apagar as linhas. Realmente eu queria, queria viver uma estória significativa na minha vida. Mas o personagem principal não permitia, não vivia a emoção que eu queria, era uma ilusão mal resolvida.

Esse personagem se iludia, acreditando que já ter vivido as melhores estórias de sua vida. Se iludia, com o coadjuvante que lhe diz: "alguma coisa ele dizia". Se iludia, achando que todas as estória já vividas, jamais encontraria tanta alegria. 

Papel rasurado, lápis sem ponta, borracha em pedaços. Eu, após tanta ladainha, amassei o papel e acabei com a ilusão de escrever uma nova estorinha.

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